Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

Paris quer resolução e sanções da ONU sobre ataques químicos na Síria

por Lusa
Reuters

O chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, pediu hoje que o Conselho de Segurança da ONU aprove uma resolução condenando a utilização de armas químicas na Síria e prevendo sanções contra os autores de tais atos.

Num relatório divulgado na sexta-feira, especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) concluíram que o exército sírio utilizou armas químicas num ataque contra a localidade de Qmenas, na província de Idleb, no noroeste do país, a 16 de março de 2015.

Segundo esta comissão de inquérito, este ataque químico dos militares sírios foi o terceiro desde 2014.

A comissão de inquérito tinha antes acusado o grupo extremista Estado Islâmico de ter utilizado gás mostarda no norte da Síria, em agosto de 2015.

"O exército sírio e o Daesh [acrónimo árabe para Estado Islâmico] utilizaram armas químicas contra civis em pelo menos três ocasiões. Estes atos são desumanos e inaceitáveis", reagiu o ministro dos Negócios Estrangeiros francês num comunicado.

Ayrault pediu "uma condenação clara desses crimes através de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas [...] com sanções para os seus autores".

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França já pediram sanções contra os autores de ataques com armas químicas na Síria, nomeadamente contra o regime do Presidente, Bashar al-Assad.

Mas o Governo sírio é protegido pelo seu aliado russo (como aqueles três países membros permanentes e com direito de veto do Conselho de Segurança), que tem considerado que a comissão de inquérito não fornece provas suficientemente conclusivas para desencadear a aplicação de sanções.

 

 

Tópicos
pub