Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

Pedro Sánchez demite-se de secretário-geral do PSOE depois de perder votação

por Lusa
Susana Vera - Reuters

Pedro Sánchez apresentou hoje a sua demissão de secretário-geral do PSOE depois da sua proposta para realizar um congresso extraordinário do partido em novembro ter sido recusada por uma maioria de membros do comité federal reunido em Madrid.

Segundo fontes das duas partes em confronto no interior da reunião do órgão mais importante entre congressos citados, Pedro Sánchez acaba de se demitir, depois de 11 horas de grande tensão na sede do PSOE.

O setor crítico a Sánchez também impôs a criação de uma comissão de gestão para dirigir o PSOE. Sánchez promete "apoio leal" à nova direção socialista
Pedro Sánchez assegurou em Madrid que dará o seu "apoio leal" à direção de gestão, que deverá ser anunciada nas próximas horas para liderar o PSOE depois da sua demissão de secretário-geral.

O ex-líder socialista repetiu que foi com "orgulho " e "honra" que durante dois anos liderou os socialistas espanhóis PSOE e despediu-se dos militantes e simpatizantes.

Pedro Sánchez deu esta conferência de imprensa após ter apresentado a sua demissão de secretário-geral do PSOE, depois da sua proposta para realizar um congresso extraordinário do partido em novembro ter sido recusada por uma maioria de membros do comité federal reunido em Madrid.

Depois de dois anos à frente do PSOE, Pedro Sánchez não resistiu às críticas de vários "barões" do partido à sua liderança que derrotaram a sua proposta por 133 votos contra 107.

O comité federal socialista continua reunido para escolher a comissão de gestão que irá dirigir o PSOE até à realização de um congresso que irá escolher um novo secretário-geral.

Os socialistas espanhóis reuniram-se hoje para apreciar a proposta de Pedro Sánchez de eleger um novo secretário-geral este mês e fazer um congresso extraordinário em novembro, recusando apoiar um Governo do PP.

A proposta enfrentou a oposição do setor crítico que acabou por se constatar ser maioritário, que também quer a convocação de um congresso (ordinário), mas apenas para depois da formação de um novo Governo em Espanha.

A grande questão neste momento é saber se a demissão vai ter como consequência a abstenção do PSOE a um Governo do PP (Partido Popular, de direita) que evite a marcação de eleições legislativas.

Se o impasse político em Madrid não for desbloqueado até 31 de outubro próximo, o rei Felipe VI terá de dissolver o parlamento nacional e convocar novas eleições.

Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.

Tópicos
pub