Pelo menos 40 mortos e 10.000 deslocados em novos combates no Sudão do Sul

por Lusa

Juba, 28 jun (Lusa) -- Mais de 40 pessoas foram mortas em combates nos últimos dias no oeste do Sudão do Sul, informou hoje o Governo, enquanto organizações denunciam as condições sanitárias de mais de 10.000 pessoas que fugiram das lutas.

Após quatro dias de combates provocados, segundo um porta-voz do exército, "por elementos que se opõem à paz e apoiados por combatentes tribais", a calma parecia ter regressado hoje às ruas de Wau, cidade situada a cerca de 650 quilómetros a noroeste da capital Juba, de acordo com fontes locais.

O ministro da Informação sul-sudanês, Michael Makuei, disse que pelo menos 39 civis e quatro polícias foram mortos desde sexta-feira, adiantando que "o balanço vai provavelmente aumentar".

No quadro do acordo de paz para acabar com a guerra civil iniciada em dezembro de 2013, o chefe rebelde Riek Machar regressou a Juba em abril para se tornar vice-Presidente de um Governo de unidade nacional formado com o Presidente Salva Kiir.

No entanto, os combates continuam em diversos locais do país entre milícias com interesses locais.

Em Wau, os "capacetes azuis" da missão da ONU no Sudão do Sul (MINUSS) abriram as portas da sua base a mais de 10.000 civis que fugiram dos combates.

"As condições sanitárias e o acesso à água na base da MINUSS são críticos", lamentou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM) num comunicado.

No total, mais de 160.000 civis estão refugiados em campos da ONU em todo o país, contra cerca de 200.000 no auge da guerra civil, que causou dezenas de milhares de mortos e mais de 2,3 milhões de deslocados.

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