Perto de mil israelitas protestam contra Trump em Telavive

por Lusa

Telavive, 21 jan (Lusa) -- Perto de mil israelitas, na maioria mulheres, protestaram hoje contra o novo Presidente norte-americano, Donald Trump, junto à embaixada dos Estados Unidos em Telavive, juntando-se a iniciativas semelhantes por todo o mundo.

Os manifestantes brandiam cartazes nos quais se liam "Hate is not Great" -- uma frase associando os conceitos de ódio e grandeza, em reação ao lema de Trump, "Make America Great Again" ("Devolver à América a Grandeza") -- e "Women`s Rights are Human Rights" ("Direitos das Mulheres são Direitos Humanos"), noticiou a agência de notícias francesa, AFP, no local.

A "Marcha das Mulheres" em Telavive foi uma de mais de 600 que decorreram em todo o mundo, um dia após a tomada de posse de Trump como 45.º Presidente dos Estados Unidos, para condenar as posições misóginas e machistas patentes em comentários feitos durante a campanha presidencial.

Centenas de milhares de pessoas encheram as ruas de Washington -- meio milhão, segundo os organizadores -, enquanto decorriam em paralelo protestos semelhantes em cidades como Londres, Paris, Sydney e Lisboa contra a Presidência Trump.

Numa atitude de rutura com a política histórica dos Estados Unidos, Trump prometeu reconhecer Jerusalém como capital de Israel e mudar de Telavive para lá a embaixada dos Estados Unidos.

O Presidente palestiniano, Mahmud Abbas já advertiu que tal ação desferirá um duro golpe para as esperanças de paz no Médio Oriente, e a ONU e a União Europeia manifestaram-se profundamente preocupadas com essa proposta de Trump.

Israel considera Jerusalém a sua capital indivisível, incluindo Jerusalém oriental, a parte palestiniana da cidade ocupada por Israel desde 1967 e anexada em 1980.

Por sua vez, os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital do Estado que pretendem fundar.

ANC // MSF

 

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