Pequim, 30 ago (Lusa) - O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, inicia hoje a sua primeira visita oficial à China, para impulsionar os laços económicos entre os dois países e melhorar as relações bilaterais.
Trudeau estará na China entre hoje e 6 de setembro, num périplo que inclui Pequim, Xangai, Hong Kong e Hangzhou, na costa leste da China, onde participará na cimeira do G20, na próxima semana.
O líder canadiano viaja acompanhado pela mulher , Sophie Grégorie Trudeau, e da sua filha, Ella-Grace, assim como de uma delegação que inclui os ministros dos Negócios Estrangeiros, do Comércio e das Finanças.
Durante estes dias, Trudeau deverá abordar um possível acordo de livre comércio com a China e a eventual integração do Canadá no Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), fundado por Pequim, e do qual Portugal é membro fundador.
A situação dos direitos humanos na China também deverá ser abordada.
Trudeau tem planeado encontros com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o fundador do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba, Jack Ma, e o multimilionário de Hong Kong Li Ka-Shing.
0O primeiro-ministro do Canadá deverá encontrar obstáculos na reaproximação entre Ottawa e Pequim, visto que o seu antecessor, o conservador Stephen Harper, optou por se distanciar da China.
Em 2012, o Governo de Harper aprovou medidas para restringir a compra de empresas que fazem extração de petróleo nas areias betuminosas, no oeste do país, após a estatal chinesa China National OffShore Oil Corp ter acordado a compra da canadense Nexen.
Já Pequim impôs restrições à importação de azeite de colza do Canadá.
O Canadá foi também um dos sete países que se uniu para expressar a sua preocupação sobre as reivindicações territoriais pela China de quase todo o Mar do Sul da China, que levou a fortes reações de Pequim.
Trudeau assegurou, no entanto, que espera que a sua visita ajude a reiniciar em "um pouco" as relações com a China, o segundo maior parceiro comercial do Canadá, a seguir aos Estados Unidos da América, sobretudo num momento em que a economia canadense enfrenta uma recessão.