Os delegados do Comité Federal do Partido Socialista espanhol, reunidos em Madrid, decidiram-se por larga maioria de 139 contra 96, abster-se no voto de confiança a marcar para 29 ou 30 de outubro e abrir caminho à formação de um Governo minoritário do Partido Popular.
A decisão Comité Federal, que entre congressos decide a linha programática do partido, deverá encerrar um impasse político de 10 meses que deixou a Espanha com um Governo interino.
O anúncio da votação foi feito pelo secretário-geral interino do PSOE.
O impasse acabou por forçar a saída dia 1 de outubro do anterior secretario-geral do PSOE, Pedro Sanchez, que se mostrou incapaz de formar alianças para formar Governo e ascender à chefia do Executivo.
A decisão evita ainda que o PSOE se submeta a um terceiro escrutínio eleitoral num ano, arriscando nova derrota numa altura em que se apresenta dividido e a perder influência.
Sanchez recusou categoricamente deixar Rajoy ser primeiro-ministro mas aqueles que acabaram por conseguir afasta-lo preferem continuar na oposição em vez de arriscar novos resultado ainda mais humilhantes do que em dezembro de 2015 e junho de 2016, ganhos pelo PP apesar de um programa de austeridade e de vários escândalos políticos.
Rajoy não obteve contudo o número de deputados suficientes na câmara nem conseguiu alianças capazes de garantir a maioria. Para formar um governo minoritário Rajoy necessita da abstenção dos socialistas.