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Refugiados: "Todas as indicações são de grande pessimismo quanto aos próximos meses"

por Rui Sá, João Fernando Ramos

Mais de 900 mil refugiados sírios de guerra estão na já Europa. Dois milhões e meio aguardam a sua oportunidade na Turquia.
"Todas as indicações são de grande pessimismo quanto aos próximos meses", diz João Torres no Jornal 2.
O secretário-geral da juventude socialista chefia uma delegação que visitou campos de refugiados no norte da Grécia.
"Estivemos em Katsikas. As pessoas que lá vivem não têm de facto as melhores condições. Ficamos muito sensibilizados quando a ONG que gere o espaço nos disse que aquele era um dos melhor campo do país".
O problema é imenso e tem como principal ponto de origem a guerra civil na Síria.

Depois de quatro anos de cerco é o fim da batalha por Daraya.

Nos autocarros 700 rebeldes e as suas famílias. Saem da cidade com um salvo conduto. Em troca libertam quatro mil civis que estavam retidos nesta localidade dos subúrbios de Damasco.

Daraya foi um dos bastiões da revolta contra o presidente Bashar Al- Assad logo em 2012.

Desde então a localidade, a apenas sete quilómetros do palácio presidencial, tem sido um dos campos de batalha mais violentos na guerra civil Síria. Em quatro anos só por uma vez a ONU foi capaz de fazer chegar ajuda humanitária.

Na Síria a situação no terreno está a evoluir rapidamente. Jarablus, junto à fronteira turca, caiu às mãos dos rebeldes apoiados por Ancara. As forças do Estado Islâmico terão já abandonado a cidade.

Para a Turquia que liderou a campanha, Jarablus foi uma corrida contra o tempo, e as forças Curdas que ganham terreno ao Daesh a partir do interior da Síria.

O Primeiro-ministro turco lembrou esta sexta feira o Ocidente que arma os Curdos e apoia as suas pretensões independentistas, que os "terroristas que procuram desestabilizar a Síria par estabelecer alegados governo quer na Síria, quer na Turquia. Eles nunca o conseguirão".

Binali Yildirm recordou também a União Europeia que o acordo de liberalização de vistos para que os cidadãos turcos possam viajar sem restrições para a Europa tem que estar implementado até ao final de outubro. O chefe do governo de Ancara deixa uma ameaça velada: "se esses acordos não puderem, por qualquer razão ser alcançados, o problema dos migrantes deixará de ser apenas um problema interno da Turquia".

O problema dos refugiados na região tem um número: seis milhões de pessoas. Quase 900 mil já atravessaram o mediterrâneo em direção à Europa. Na Turquia estão ainda dois milhões e meio à espera de tentar o mesmo.

Numa Europa que fechou fronteiras a Unicef mostra-se preocupada com os muitos milhares bloqueados na Grécia.

38 a 40% de todos os refugiados na Grécia são crianças. Mais de dois milhares estão sozinhas. Um problema humanitário de grande escala que requer meios materiais e humanos que as autoridades de Atenas não dispõem.
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