É a mais recente banda a bater com a porta a Donald Trump, solicitando que não use as músicas nos comícios. Na lista dos que já disseram “não” a Trump estão Adele ou os R.E.M.
“You can’t always get what you want” e “Start me up” estavam na playlist do republicano candidato às presidenciais americanas. A primeira destas músicas terá sido usada pelo menos quatro vezes. A campanha do milionário não quis comentar o caso à agência Reuters.
A tomada de posição não é inédita. Em fevereiro, Adele veio dizer que não dava permissão a ninguém para usar a sua música em campanhas políticas, depois de Trump ter usado o êxito de 2011 “Rolling in the deep” numa ação no Iowa. A cantora emitiu um comunicado tornando clara a falta de autorização.
Os Aerosmith também protestaram. Os advogados de Steve Tyler enviaram uma carta dizendo que o uso da música “Dream on” dava “uma falsa impressão” que o cantor apoiava a candidatura de Trump.
Logo em junho do ano passado, Neil Young tinha exigido que Trump parasse de usar a música “Rockin’ in the free world”, que o republicano tinha usado quando anunciou a sua candidatura. Young manifestou ainda publicamente o seu apoio ao candidato democrata Bernie Sanders, lembra a BBC.
Em setembro, os REM não insurgiram-se com o uso da música “It’s the end of the world as we know it (and I feel fine)”.
Depois de duras palavras do cantor Michael Stipe no Twitter do baixista Mike Mills (“Não use a nossa música ou a minha voz para sua farsa imbecil de uma campanha”), o grupo emitiu uma declaração conjunta no Facebook. “Apesar de não autorizar ou tolerar o uso da nossa música neste evento político, e pedimos que esses candidatos cessar e desistir de fazê-lo, lembremo-nos de que há coisas de valor mais elevado em causa aqui [nas eleições]”.
A editora Everlast exigiu também que deixasse de ser utilizada a música “Jump around”, do antigo grupo de rap House of Pain, acrescenta a agência France Presse.
C/agências internacionais