Seis pessoas detidas em Bruxelas suspeitas de planear ataques no Ano Novo

por Sandra Salvado - RTP
Francois Lenoir - Reuters

A polícia belga deteve seis pessoas, esta quinta-feira, suspeitas de estarem a planear ataques na véspera de Ano Novo. As buscas foram realizadas em diferentes bairros de Bruxelas e nos subúrbios.

Seis novas pessoas foram detidas esta quinta-feira e estão a ser ouvidas, por suspeita de poderem estar ligadas a um atentado terrorista durante a época de Ano Novo, em Bruxelas.

A Procuradoria belga, citada pela agência France Presse, revelou também a manutenção da prisão preventiva dos homens que planeavam ataques a "locais emblemáticos" da cidade, durante a passagem de ano.

De acordo com um comunicado de imprensa, foram feitas sete buscas domiciliárias em diferentes bairros de Bruxelas e nos subúrbios.

"Sete operações decorreram esta manhã em Molenbeek, Anderlecht, Laeken e Sint-Pieters-Leeuw. Seis pessoas foram detidas", indica o comunicado da Procuradoria.

Segundo o jornal francês Le Figaro, a Procuradoria disse que Saïd.S, um  belga de 30 anos, e Mohamed.K, de 27 anos de idade, são suspeitos de ameaças de atentados e participações em atividades de grupos terroristas. Os dois jovens vão permanecer em prisão preventiva, por decisão de um tribunal de primeira instância.
Nível 3 de alerta
A Bélgica mantém o nível 3 de alerta, que inclui uma vigilância maior em ocasiões de concentração de pessoas, tendo o último Conselho de Ministros decidido prolongar a presença de militares nas ruas até 20 de janeiro.

Nas esquadras policiais o nível foi aumentado, até 4 de janeiro, por terem sido apontadas como possíveis alvos de ataques. A Procuradoria revelou também a manutenção da prisão preventiva dos homens que planeavam ataques a "locais emblemáticos" da cidade.

Duas pessoas já tinham sido presas na Bélgica no domingo e na segunda-feira, ambas suspeitas de planejar um ataque em Bruxelas, na véspera de Ano Novo.
Bélgica no centro das investigações
A polícia encontrou roupas militares e material de propaganda do Estado Islâmico, mas não havia armas ou explosivos, afirmaram os promotores federais na passada terça-feira.

"A nossa investigação revelou sérias ameaças de um ataque em lugares simbólicos em Bruxelas durante as celebrações na véspera de Ano Novo", disseram os promotores em comunicado.

A Bélgica está no centro das investigações dos ataques em Paris de 13 de novembro, que deixaram 130 pessoas mortas, após surgirem ligações com Bruxelas, já que dois dos homens-bomba de Paris, Brahim Abdeslam e Bilal Hadfi, moravam na Bélgica.
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