Trump promete aceitar os resultados eleitorais. "Se ganhar”

por Jorge Almeida - RTP
Jonathan Ernst - Reuters

A 18 dias do escrutínio, as declarações de Donald Trump continuam a incendiar a campanha. O candidato republicano reafirma que tem o direito de contestar os resultados, caso encontre falta de transparência nas eleições.

O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos continua a proferir declarações bombásticas, numa campanha eleitoral que é já uma das mais polémicas na história política norte-americana.

Durante um comício no Ohio, Donald Trump afirmou: “Senhoras e Senhores, eu quero fazer um grande anúncio hoje. Eu gostaria de prometer a todos os meus eleitores e apoiantes que vou aceitar totalmente os resultados desta histórica eleição presidencial, se eu ganhar”.

O magnata nova-iorquino continuou o discurso sugerindo que eleitores falecidos ainda constam das listas e que podem influenciar as eleições.

Donald Trump num comício no Ohio. Foto: Jonathan Ernst - Reuters

“A América é uma república constitucional com um sistema de leis. Essas leis são acionadas em caso de fraude ou de uma recontagem se for necessário”, disse Trump. “Eu gostaria de aceitar um resultado eleitoral transparente, mas também gostaria de reservar o meu direito de apresentar uma contestação legal no caso de haver um resultado questionável”.

Altos membros do Partido Republicano mostraram a sua indignação pelas declarações do candidato no debate presidencial de quarta-feira transmitido na televisão. Os senadores republicanos, Jeff Flake, do Arizona, e Lindsey Graham, da Carolina do Sul, repreenderam Donald Trump.

No dia seguinte, juntaram-se ao coro de críticas o senador John McCain, do Arizona, Kelly Ayotte, do New Hampshire, e o governador do Maine Paul Le Page.

Barack Obama num comício de apoio a Hillary em Miami. Foto: Kevin Lamarque - Reuters

Por sua vez,  o Presidente dos Estados Unidos afirmou num comício de apoio a Hillary Clinton em Miami que a insistência de Donald Trump sobre não aceitar o resultado das eleições “é perigosa”.

Horas mais tarde, Barack Obama voltava a criticar o candidato republicano: “Semear dúvidas na mente das pessoas sobre a legitimidade das eleições nos EUA dá força aos inimigos deste país”.
Último encontro em Nova Iorque
Hillary Clinton e Donald Trump estiveram juntos pela última vez durante a campanha, na quinta-feira à noite, no jantar anual da Fundação Alfred E. Smith, em Nova Iorque.

Hillary e Trump estiveram juntos no jantar anual da Fundação Alfred E. Smith, em Nova Iorque. Foto: Carlos Barria - Reuters

Para evitar constrangimentos, o Cardeal Timothy Dalon sentou-se no meio deles.

A 18 dias da votação, a 8 de novembro, os candidatos vão continuar a cruzar os Estados Unidos para convencer os eleitores indecisivos.
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