UE indica que Guiné Equatorial perdeu oportunidade de se democratizar

por Lusa

A União Europeia indicou hoje que a Guiné Equatorial perdeu com as eleições presidenciais, realizadas a 24 de abril, a oportunidade de se democratizar, refere, em comunicado, o Serviço Europeu para a Ação Externa.

"As eleições na Guiné Equatorial, apesar de terem decorrido de forma ordeira e numa atmosfera tranquila, foram uma oportunidade perdida para a democratização do país", considerou a União Europeia, recordando que a campanha eleitoral "decorreu sem debate sobre questões nacionais".

A União Europeia lamentou que os candidatos não tenham tido um acesso equitativo à imprensa pública e aos recursos financeiros e que tenham existido incidentes contra candidatos da oposição, incluindo o ataque das forças de segurança à sede de uma partido da oposição.

A organização indicou também que os resultados eleitorais confirmam a permanência do chefe de Estado da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, na Presidência, apesar de ter tornado público que não se candidataria a um novo mandato.

Nas eleições de 24 de abril, Obiang, que chegou ao poder em 1979 após um golpe de Estado, obteve 93,7% dos votos, segundo os resultados oficiais definitivos publicado pela Junta Eleitoral Nacional.

Teodoro Obiang foi eleito para um novo mandato de sete anos, até 2023.

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