São sabedores do meu gosto pelos ralis, um desporto que continua a arrastar milhares de pessoas para as classificativas, à procura de um momento de emoção e de muitos, belos e largos minutos de convívio, na melhor das companhias. Ver um rali é uma festa, um ritual, que passa sempre por um piquenique na serra, por deliciosas conversas e invariavelmente por novas amizades.

Ninguém fica indiferente ao espírito dos adeptos da modalidade que tenho muito orgulho de praticar. Estive na prova por dentro, sentindo a festa dos adeptos em cada curva em que deixava o carro escorregar mais um bocadinho.

Fiquei tremendamente orgulhoso com o belo comportamento do púbico e com o que os outros pilotos deste WRC iam dizendo do nosso país. Ter uma organização altamente eficaz, as belas paisagens do Norte, uma prova extremamente exigente e muito competitiva, são fortes motivos para uma grande promoção turística, que já está a dar frutos. O número de estrangeiros que nos visitam voltou a crescer e o rali é apenas mais um dos meios de excelência para transportar a marca Portugal.

Penso que este e outros grandes eventos desportivos de prestígio e qualidade são mesmo o cartaz certo para mostrar um país que sabe fazer muito bem. Fica também provado, se é que era preciso, que os portugueses adoram automóveis, mas exigem um bom espetáculo. O rali volta para o ano, com a especial no Porto a ser já um ponto obrigatório, mas também com o desafio de mais inovação.

Seria bonito e importante voltar a levar o rali ao centro, com Arganil e a Lousã a serem locais obrigatórios para uma prova que ainda tem muita margem para surpreender. Eu e o meu amigo Jorge Carvalho voltaremos ao WRC no Rali de Espanha/ Catalunha em outubro, que é outra grande festa dos automóveis.    

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