As vontades e a realidade

Ficou bem clara a vontade do ministro das finanças da Alemanha, numa altura em que a Europa caminha loucamente para a desintegração. Portugal, esse grande problema nesta união, terá até que ter um novo programa de ajustamento.

Esse é mesmo o problema, o grande problema e Wolfgang Schäuble está a fazer muito bem o diagnóstico. É claro que o Brexit, as ameaças de divisão do Reino Unido com a saída da Escócia e eventualmente de Espanha com a Catalunha, a profundíssima crise do Deutsche Bank e de muitos dos gigantes da finança desta Europa, o crescimento do radicalismo de direita, a vergonhosa crise dos refugiados, e total falta de estratégia para um verdadeiro crescimento da Zona Euro, isso não são problemas. 


Há que aplicar mais uma receita de austeridade aos “bandidos” dos portugueses que aquilo que tiveram nos últimos anos ainda não chegou. 

Não sei para onde vai o que resta da velha ideia de uma Europa solidária, mas depois do que tenho ouvido nos últimos dias ficam bem claro porque é que no Reino Unido se votou pelo abandono do barco, antes da tragédia que se desenha, se o rumo se mantiver assim.

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