Exportações, o norte e a TAP

As exportações cresceram 3,6%, face a 2014, com destaque para o têxtil, que teve uma subida de 5%. Há 12 anos que não exportava tanto. Esta semana cerca de seiscentos empresários do calçado vão passar pela Feira de Milão, sendo o setor estratégico para a recuperação económica do país.

Olhando para o mapa deste pequenino Portugal, percebe-se que mais de 90% da força produtiva nestes dois setores, que contribuem fortemente para o bem-estar de todos, desde o algarve à ilha do Pico, está instalada no norte e centro, sendo o Aeroporto do Porto a plataforma fundamental para os contactos com o mundo das exportações. É um centro verdadeiramente estratégico para o país.


Talvez assim se perceba melhor a polémica aberta à volta do potencial e dos voos que uma TAP, com 50% de capitais públicos, deve disponibilizar a uma região que suporta cerca de metade das exportações, com índices de crescimento no turismo muito acima da média nacional.

Não é apenas um problema do Porto e de Rui Moreira, é um problema de todos. Se a economia tiver mais dificuldades numa recuperação ainda tão ligeira, somos todos nós contribuintes que iremos pagar.

Sem o calor dos argumentos bairristas, convém começar a pensar em Portugal como um todo, sem os “tiques” centralistas que já começavam a marcar a gestão de uma TAP que muitos queriam privada. Já se começa a perceber porquê…

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