Política, teimosia, os formalismos e o interesse nacional

A notícia passou praticamente despercebida, mas ontem não foi possível um entendimento no Parlamento para ser votada a reabertura dos tribunais do interior, que foram fechados nos últimos anos. O Governo previa começar o ano, com nova vida na Justiça, mas a democracia tem regras e o diploma tem que passar primeiro no Parlamento.

A maioria de esquerda já tinha garantido a aprovação, mas faltava o formalismo da unanimidade da assembleia para se mudar o agendamento do dia. A esquerda acusa a direita de não ter mantido a palavra dada, de que nada faria para se opor ao agendamento. A direita responde para dizer que não foi bem assim. O certo é que a reabertura, prometida, vai ter que ser adiada por mais uns dias, mas a maioria parlamentar promete agendar o debate e a votação, logo que possível. 


É apenas um pequeno caso, dirão um formalismo, que lá vai deixar mais uns tempos à espera, quem desespera por não ter uma justiça de proximidade só porque teve o azar de nascer num concelho onde alguém decidiu, lá longe num gabinete, que ali não haveria direito a ter um tribunal.

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