Ainda temos Berlim… se preciso for!

É a capital europeia que António Costa vai visitar antes do fecho do prazo que Bruxelas lhe deu para “corrigir” o esboço orçamental. Depois de amanhã. A distante Merkel e o amigo de outros tempos Wolfgang Schäuble. E ainda os parceiros socialistas do governo da senhora de Berlim.

Uma inquietação que a Comissão Europeia introduziu neste processo por não poder aceitar uma reorientação de medidas sem dar luta. E antecipando outras lutas. Que poderão chegar de Espanha, depois do 25 de Abril, o propriamente dito e o figurado do novo tempo, e a transição democrática, a propriamente dita e a figurada do também novo tempo espanhol.

Este guião de negociações, técnicas e políticas… e o que não é política nesta técnica europeia de dizer uma coisa e o seu contrário repetidamente? Ou o FMI não escreveu há pouco tempo que afinal Portugal devia ter reestruturado a dívida, que continua a aumentar, antes do resgate?

À hora a que escrevo, por cá, já se ouviu a frase mágica deste novo tempo, por duas vezes, “as linhas do Orçamento de Estado para 2016 respeitam o nosso acordo com o PS”. Verdes e Bloco. Falta uma terceira, a do PCP, que a esta hora entra no Gabinete do Governo no Parlamento para conhecer as linhas do Orçamento.

Até à votação final global do Orçamento, ainda muita água vai correr. A ver vamos como reagem os mercados e as agências a tanta novidade.

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