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Geralmente quando não se quer decidir, referenda-se. Melhor, quando não se quer arcar com o peso da decisão política, referenda-se.

Os argumentos são sempre os mesmos, seja qual for o assunto: "a necessidade de um esclarecimento cabal da população que deve ser chamada a participar numa reflexão aprofundada para poder tomar uma decisão fundamentada". 


Frase típica, e rimada, de um qualquer político sem cor definida e que se adapta a qualquer questão que se pense referendar. 

O tempo vai passando, variável política sempre a ter em conta. 

Enquanto se discute a oportunidade do referendo, ou a falta dela, os seus custos nestes tempos de penúria, se devem ser os partidos ou grupos de cidadãos a aparecer, o tempo vai passando, o tema vai-se esgotando e gastando. 

Quando chegar o momento de discutir a fundo o que nos trouxe aqui já ninguém vai querer ouvir.

É certo que ninguém se lembrou de o referendar, mas ainda consegue ouvir falar do orçamento? E pensar que a discussão ainda não chegou sequer ao parlamento...

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