Campeã olímpica Sumgong é baixa de última hora na meia maratona de Lisboa

por Lusa
Lesão após os Jogos Olímpicos afasta Sumgong Reuters

A meia maratona Rock'n'Roll de Lisboa, cuja 17.ª edição se realiza no domingo, sofreu uma baixa de vulto, a queniana Jemima Sumgong, campeã olímpica da maratona no Rio2016, que anunciou hoje a ausência da prova, devido a lesão.

"Tenho muita pena, mas não poderei correr no domingo. Lesionei-me após os Jogos Olímpicos e ainda tentei preparar-me para esta corrida, mas na semana passada agravei a lesão e tomei a decisão de não participar", disse Sumgong, na conferência de imprensa de apresentação da prova, em Lisboa.

A atleta queniana sofreu uma lesão muscular na coxa direita e vai ficar em repouso até ao fim do ano, mas deixou a promessa de "voltar a Lisboa em março" para disputar a outra prova emblemática da capital portuguesa, com passagem pela Ponte 25 de Abril.

Sumgong, que se tornou no Brasil a primeira queniana a conquistar a medalha de ouro na maratona, era a maior referência da prova deste ano, que tem como ex-libris a Ponte Vasco da Gama, depois de uma lesão ter também afastado o eritreu Zersenay Tadese, recordista mundial da distância.

Mesmo sem Sumgong e Tadese, o responsável máximo pela organização, Carlos Móia, acredita no sucesso do evento, que já bateu o recorde de inscrições na quarta edição da maratona, com um total de 5.000, contanto com mais cerca de 20.000 inscritos na meia maratona e na minimaratona, de 96 países.

"Temos cerca de 24.000 inscritos para os três eventos, entre os quais 8.000 estrangeiros. A juntar à prova de março, estes são os eventos desportivos que trazem mais valor económico à cidade", observou Móia, antecipando que o próximo passo deverá passar por atrair atletas -- e investimento - chineses.

Com a ausência de Sumgong, as compatriotas Beatrice Mutai e Margaret Agai, primeira e segunda classificadas no ano passado, assumem-se como as principais candidatas à vitória, numa corrida que contará também com a portuguesa Ana Dulce Félix, 16.ª colocada na maratona olímpica no Rio de Janeiro.

O eritreu Ngusa Amloson, vice-campeão mundial da distância em 2014 e finalista dos 10.000 metros no Rio2016, avisou hoje a concorrência que pretende "voltar a ganhar em Lisboa", tal como fez há um ano, mas deverá contar com forte oposição do queniano Mosinet Geremew.

Na maratona, que tem partida em Cascais, às 08:30 horas, o queniano Samuel Kosgei, ex-recordista mundial dos 25 km, está na linha da frente em matéria de favoritismo, em conjunto com o eritreu Samuel Tsegay e o queniano Alfred Kering, todos com melhores marcas abaixo de 2:08 horas.

No setor feminino, a etíope Gutemi Shone é a quem apresenta a melhor marca e a única abaixo de 2:24 horas, cotando-se como u ma das principais candidatas ao triunfo, ao lado da compatriota Shanko Genemo, vencedora em Viena, e da queniana Brigid Kosgei, que se impôs em Milão.

Além da meia maratona, que tem partida às 10:30, na Ponte Vasco da Gama, em simultâneo com os elites que vão partir do Parque das Nações, onde está instalada a meta comum, vão ainda decorrer mais quatro provas-satélite: o passeio avós e netos e o evento minicampeões, ambos no sábado, e a prova em cadeira de rodas e a minimaratona, no domingo.

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