O Comité Olímpico Internacional (COI) delegou às 28 federações internacionais das modalidades a decisão de aceitar ou excluir atletas russos dos Jogos Olímpicos.
Desta forma, cabe a cada federação individual determinar a possível exclusão dos atletas russos da competição. O comunicado requer mesmo que as federações “levem a cabo análises individuais ao registo anti-doping de cada atleta, tendo em conta apenas testes internacionais de confiança, bem como as especificidades de cada desporto de forma a garantir igualdade de condições”. "Problema mundial"
O Comité Olímpico Internacional considera que todos os atletas russos nas diferentes 28 modalidades dos Jogos Olímpicos de Verão devem “assumir as consequências e a responsabilidade coletiva, no sentido de proteger a credibilidade das competições olímpicas”.
O organismo entende que “a presunção de inocência não pode ser aplicada neste caso”, mas que, ainda assim, “cada atleta deve ter a oportunidade de mostrar que a tal responsabilidade coletiva não é aplicável no seu caso concreto”.
Na reação ao comunicado do COI, o ministro russo do Desporto lembra que o problema do doping é global. Vitaly Mutko disse estar "grato" pela decisão do organismo olímpico, contrária à exclusão total dos atletas russos.A decisão comunicada este domingo acontece depois da análise e discussão, por parte da comissão executiva do COI, de um relatório divulgado na passada segunda-feira pela Agência Mundial Antidopagem. Segundo o documento, o Governo russo dirigiu um programa de dopagem no desporto com apoio estatal, contando com a participação ativa do ministro do Desporto e dos serviços secretos.
Nuno Pelouro - Antena 1
Na passada quarta-feira, o Comité Olímpico Russo anunciou a lista de 387 atletas de 30 modalidades selecionados para o Rio2016, que incluía os 68 cujo recurso foi rejeitado pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) quanto à exclusão coletiva imposta pela Associação de Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) por violações ao código antidopagem e à carta olímpica.
A Rússia, segunda potência mundial do atletismo, atrás dos Estados Unidos, foi suspensa em novembro de 2015 após um demolidor relatório independente da agência de antidopagem. O documento denunciava um esquema de doping institucionalizado no país e encontrou mesmo evidências de práticas indevidas ligadas ao doping durante os Jogos Olímpicos de Inverno em 2014, em Sochi.
(c/Lusa)