Foi detido no Aeroporto de Lisboa Rui Lucena Marques, antigo presidente da Fernave. Este ex-responsável pela empresa de formação técnica e consultadoria do grupo CP é suspeito de crimes alegadamente cometidos durante uma ação de cooperação com Angola.
Segundo a edição online do Correio da Manhã, Rui Lucena Marques, de 43 anos, era já alvo de um processo disciplinar, razão pela qual havia sido transferido para a CP Carga.
Num comunicado com a chancela da Polícia Judiciária enviado esta manhã às redações, o nome do suspeito era omitido.
“A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (DIAP de Lisboa), deteve no Aeroporto de Lisboa o ex-presidente e atual quadro de uma empresa pública da área dos transportes, por crimes de peculato e abuso de poder, praticados no âmbito de uma ação de cooperação com Angola”, adiantava o texto.
O negócio na mira das autoridades, escreve ainda o Correio da Manhã, decorreu entre 2011 e 2012, envolvendo formação da CP a maquinistas angolanos.
Caução de 37.500 euros
No decurso desta operação, prossegue o comunicado da Judiciária, “foram realizadas buscas, tendo sido apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação”.
O suspeito foi entretanto presente a tribunal e ficou já a conhecer as medidas de coação: o pagamento de uma caução de 37.500 euros, suspensão de funções públicas ou do exercício de cargos de gestão pública e a proibição de deixar o país.
“A investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento total das responsabilidades criminais dos envolvidos”, conclui a PJ.
Tópicos
Detido
,
Aeroporto
,
Lisboa
,
Presidente
,
Polícia Judiciária
,
Transportes
,
Peculato
,
Abuso de poder