Antigo presidente da Fernave detido pela Judiciária

por RTP
“O valor do ilícito apurado até ao momento é de cem mil euros”, indica o comunicado da PJ José Manuel Ribeiro - Reuters

Foi detido no Aeroporto de Lisboa Rui Lucena Marques, antigo presidente da Fernave. Este ex-responsável pela empresa de formação técnica e consultadoria do grupo CP é suspeito de crimes alegadamente cometidos durante uma ação de cooperação com Angola.

Peculato e abuso de poder. São estes os alegados crimes que levaram à detenção do antigo presidente da Fernave no Aeroporto da Portela. Em causa estão suspeitas com escala em Angola. “O valor do ilícito apurado até ao momento é de cem mil euros”, indica o comunicado da Polícia Judiciária.

Segundo a edição online do Correio da Manhã, Rui Lucena Marques, de 43 anos, era já alvo de um processo disciplinar, razão pela qual havia sido transferido para a CP Carga.

Num comunicado com a chancela da Polícia Judiciária enviado esta manhã às redações, o nome do suspeito era omitido.

“A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (DIAP de Lisboa), deteve no Aeroporto de Lisboa o ex-presidente e atual quadro de uma empresa pública da área dos transportes, por crimes de peculato e abuso de poder, praticados no âmbito de uma ação de cooperação com Angola”, adiantava o texto.

O negócio na mira das autoridades, escreve ainda o Correio da Manhã, decorreu entre 2011 e 2012, envolvendo formação da CP a maquinistas angolanos.
Caução de 37.500 euros
No decurso desta operação, prossegue o comunicado da Judiciária, “foram realizadas buscas, tendo sido apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação”.

O suspeito foi entretanto presente a tribunal e ficou já a conhecer as medidas de coação: o pagamento de uma caução de 37.500 euros, suspensão de funções públicas ou do exercício de cargos de gestão pública e a proibição de deixar o país.

“A investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento total das responsabilidades criminais dos envolvidos”, conclui a PJ.

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