Ativistas manifestaram-se em Madrid contra central nuclear de Almaraz

por Daniela Santiago

Cerca de vinte ativistas do Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) manifestaram-se esta quinta-feira em Madrid contra a construção de um aterro nuclear na central de Almaraz. Os ministros do Ambiente de Portugal e Espanha estão reunidos esta quinta-feira, em Madrid, para discutir a construção de um armazém de resíduos nucleares em Almaraz, a uma centena de quilómetros da fronteira portuguesa.

O Governo português tinha garantido que não participaria nesta reunião, anteriormente agendada, caso o executivo espanhol confirmasse a sua decisão, conhecida no final de dezembro, de construir um aterro para resíduos nucleares em Almaraz, a 100 quilómetros da fronteira portuguesa.

Este facto, justificam os ativistas do MIA, levou a que houvesse pouca participação dos manifestantes.

"Estamos contra a construção do aterro nuclear e contra o prolongamento do funcionamento de Almaraz, disse o coordenador do MIA, acrescentando que "as centrais nucleares são um perigo para a população".

O ministro português do Ambiente, João Matos Fernandes, está reunido com a sua homóloga espanhola Isabel García Tejerina e com o ministro da Energia, Álvaro Nadal, nas instalações do ministério do Ambiente na capital espanhola.

O Governo português terá recebido garantias do Executivo espanhol de que o processo ainda não está encerrado, embora seja público que a construção da lixeira nuclear já foi aprovada por várias entidades do país vizinho.

A situação levou a um diferendo diplomático entre os dois países, mas espera-se agora que o Governo de Madrid suspenda o processo
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