Autarquias responsáveis pelo ordenamento florestal

por João Fernando Ramos, Rui Sá

Até março do próximo ano os sete Planos Regionais de Ordenamento Florestais serão aprovados. As autarquias têm depois doze meses para verter as regras neles contidos para os seus próprios PDM's, ficando depois com a gestão efetiva da totalidade dos seus territórios.

Caberá aos municípios a autorização de novas plantações, a implementação de zonamentos e medidas de ordenamento, bem como a fiscalização.

O presidente da câmara de Arouca, um dos concelhos mais fustigados pelos incêndios deste verão, lembra que "não fazia sentido que 80% do território de um concelho como o meu estivessem fora alçada de quem gere localmente o território".

O autarca vê com bons olhos as decisões tomadas pelo Conselho de Ministros especial desta quinta feira e garante que "elas vêm ao encontro do que eram as reivindicações dos municípios portugueses".

270 dos 308 municípios do continente têm já a funcionar gabinetes de apoio florestal onde as novas competência deverão ter acento.

Capoulas Santos está ciente de que as câmaras terão que se reforçar quadros técnicos nesta área e lembra que o ministério da agricultura financia já a sua contratação.

Autarquias como a da Lousã têm investido na floresta. É um dos concelhos com maior área florestal e simultaneamente um dos que regista menos área ardida aio longo dos anos.

Luís Antunes garante que um dos segredos é promover a presença de gente na floresta. "temos investido no turismo de natureza, nos percursos pedestres, de BTT. Ter gente a passear na floresta precisamente na época quente tem efeitos muitos positivos".
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