A Polícia Judiciária deteve esta quinta-feira o diretor do Museu da Presidência da República, no âmbito da Operação Cavaleiro. Há mais de dez anos no cargo, Diogo Gaspar é suspeito de vários crimes, nomeadamente tráfico de influência, peculato e participação económica em negócio. Crimes que estarão relacionados com a gestão da instituição.
Em nota enviada às redações, a Polícia Judiciária confirma a realização de uma dezena de buscas, domiciliárias e não domiciliárias. Diligências que decorreram na zona da Grande Lisboa e em Portalegre.
Sandra Sousa - RTP
A operação e detenção do diretor do museu foram confirmadas em comunicado da Procuradoria-Geral da República.
"No inquérito, iniciado em abril de 2015, investigam-se suspeitas de favorecimento de interesses de particulares e de empresas com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores públicos", lê-se no texto.O inquérito encontra-se em segredo de justiça.
Na investigação está também em causa o "uso de recursos do Estado para fins particulares, a apropriação de bens móveis públicos e a elaboração de documento, no contexto funcional, desconforme à realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos", avança a PGR.
Os factos são suscetíveis de integrar crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder.
A Polícia Judiciária revela que "foram apreendidos relevantes elementos probatórios, bem como diversos bens culturais e artísticos que, presumivelmente, terão sido descamihados de instituições públicas".
O inquérito é tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. Na operação participam oito magistrados do Ministério Público e cerca de três dezenas de elementos da Polícia Judiciária, entre inspetores e pertitos.
Diogo Gaspar vai ser ouvido amanhã por um juiz de Instrução Criminal no Campus de Justiça.
Marcelo quer total cooperação
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já deu instruções para total transparência e cooperação com as autoridades policiais na investigação.
Isabel Marques da Costa - RTP
Diogo Gaspar é o responsável daquela instituição desde 2001. Foi condecorado pelos dois anteriores presidentes da República, Cavaco Silva e Jorge Sampaio.
Marcelo quer total cooperação
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já deu instruções para total transparência e cooperação com as autoridades policiais na investigação.
Isabel Marques da Costa - RTP
Diogo Gaspar é o responsável daquela instituição desde 2001. Foi condecorado pelos dois anteriores presidentes da República, Cavaco Silva e Jorge Sampaio.
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