O Ministério Público justificou hoje a alteração das medidas de coação a José Sócrates por considerar que "se mostra reforçada a consolidação dos indícios", o que "diminui o perigo de perturbação do inquérito".
Numa nota à imprensa da Procuradoria Geral da República (PGR), lê-se que, neste período, desde a última reapreciação das medidas de coação, em junho, foram ouvidas cerca de dez pessoas e realizadas mais de 30 diligências de buscas.
Nesta nota, a PGR diz ter sido hoje notificada da decisão judicial de alterar as medidas de coação a José Sócrates, na sequência da promoção do Ministério Público, e lembra que constam agora da obrigação de permanecer em casa, sem pulseira eletrónica, e com proibição de contactos, "designadamente com outros arguidos no processo".
"O Ministério Público promoveu a alteração da medida de coação, por considerar que, face à prova reunida desde a última reapreciação, se mostra reforçada a consolidação dos indícios, o que diminui o perigo de perturbação do inquérito. Neste período foram ouvidas cerca de dez pessoas e realizadas mais de 30 diligências de buscas", pode ler-se na nota.
Esta informação da PGR lembra ainda que o inquérito corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal e que se encontra em segredo de justiça.
