O diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, ficou esta sexta-feira em liberdade mediante caução de 50 mil euros e suspenso das funções públicas que exercia atualmente. A decisão foi tomada pela juíza de Instrução Criminal no processo da operação "Cavaleiro".
O diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, foi detido na quinta-feira por suspeita de crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder.
A PGR esclarece também, na nota à comunicação social, que no âmbito do inquérito "foram intercetadas comunicações telefónicas nas quais intervém acidentalmente o Presidente da República".
"O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça determinou a destruição imediata de elementos relativos a essas mesmas interceções telefónicas, por as considerar manifestamente estranhas ao processo, não tendo, por isso, qualquer relevância para a investigação", acrescentou.
Operação Cavaleiro
Na quinta-feira, para além da detenção, a Unidade Nacional contra a Corrupção da Polícia Judiciária conduziu diligências na secretaria-geral e no Museu da Presidência da República. As diligências decorreram na zona da Grande Lisboa e em Portalegre.
A Polícia Judiciária revelou ainda que "foram apreendidos relevantes elementos probatórios, bem como diversos bens culturais e artísticos que, presumivelmente, terão sido descaminhados de instituições públicas".
Diogo Gaspar é o responsável daquela instituição desde 2001. Foi condecorado pelos dois anteriores presidentes da República, Cavaco Silva e Jorge Sampaio.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu desde logo instruções para que houvesse total transparência e cooperação com as autoridades policiais na investigação.
c/ Lusa