Diversidade da Área Metropolitana do Porto debatida a partir de sábado

por Lusa

Porto, 01 out (Lusa) -- As "novas formas de ocupação do território e do espaço urbano" na Área Metropolitana do Porto (AMP) vão ser debatidas a partir de sábado, no âmbito de um projeto promovido por duas arquitetas centrado na urbanização existente na região.

No âmbito de trabalhos de doutoramento que estão a realizar, as arquitetas Patrícia Ribeiro e Sara Sucena decidiram promover o projeto "Por Dentro da AMP -- Conversas nas paisagens de diversidade urbana", uma iniciativa integrada na "Arq OUT 2015", da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitetos.

O projeto, apoiado pela AMP e que engloba quatro sessões de debate em Santa Maria da Feira, Matosinhos, Maia e Santo Tirso/Trofa, "vai abordar a contemporaneidade urbana da AMP".

Em declarações à Lusa, Patrícia Ribeiro afirmou que a ideia é dar a conhecer a todos os interessados as alterações que se foram registando em cada um dos municípios.

"Em Matosinhos, por exemplo, vamos abordar a questão da habitação de génese ilegal", ou seja, como é que as habitações ilegais ali existentes, que estão em processo de legalização, convivem com o resto de Matosinhos.

Já para Santo Tirso/Trofa, o programa prevê um olhar sobre "a questão da urbanização difusa", com enfoque para o património industrial ali existente.

O programa arranca no sábado em Santa Maria da Feira, às 14:30, com uma visita guiada conduzida pelo arquiteto Ivo Oliveira sob o tema "A questão da infraestrutura e urbanização".

Já no dia 10, a visita a Matosinhos, marcada para as 10:00, será acompanhada pelo arquiteto João Quintão.

A Maia acolhe o projeto no dia 17, também pelas 10:00, sendo a visita-guiada conduzida pelo arquiteto Nuno Lopes.

Esta iniciativa terminará no dia 31, na Trofa/Santo Tirso, sendo guiada pelos arquitetos António Charro e Conceição Melo.

"Através destes temas queremos dar um retrato do que é a AMP", disse Patrícia, para quem esta região "não é homogénea, [porque] os espaços são muito diferentes entre si mas densamente habitados".

Para a arquiteta, esta é uma região muito diferente da Área metropolitana de Lisboa, porque revela "uma forma de pensar do espaço urbano, consegue mostrar como a sociedade de move, como habita os espaços e como se relaciona".

A arquiteta afirmou ainda que a AMP pretende estender este projeto a todos os outros municípios da região que não foram agora abrangidos na iniciativa.

JAP // MSP

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