Foto: Antena 1
João Machado, presidente da CAP, diz que os partidos à esquerda do PS devem tranquilizar o setor, até porque os agricultores "têm boa memória e receiam tudo". Neste sentido, o presidente da Confederação de Agricultores de Portugal considera que uma vez que o PCP tem no seu programa a coletivização das terras, “o PS tem de vir dizer o que fazer nesta área”.
Ainda em relação aos fundos comunitários, o presidente da CAP admite que a criação de um ministério para o Mar separado da Agricultura pode vir a prejudicar o país, porque até agora as verbas comunitárias que o Mar não usava a agricultura aproveitada.
Salário mínimo não deve chegar aos 600 euros
Sobre o salário mínimo, João Machado não vê nenhum obstáculo a um aumento do salário mínimo para os 530 euros mas exclui por completo um aumento em 2016 de 600 euros.
O presidente da CAP diz aguardar com expectativa o próximo Orçamento do Estado. No entanto alerta que "qualquer mexida nos impostos pode levar a um sobressalto na receita e a um quadro mais difícil do cumprimento do défice”.
João Machado não acredita na opção do PS de indução do consumo para obter receitas, até porque há o perigo que esse consumo se dirija para produtos importados.
Quanto ao futuro da agricultura e à aplicação dos dinheiros dos fundos comunitários, João Machado elege a aposta no regadio como a prioridade. Mas considera que não se justifica a construção de mais barragens.