"Os cuidados paliativos têm uma palavra importante a dizer não só na prevenção da eutanásia como na prevenção de um outro problema, que é a destanásia", refere Renato Martins, "muito mais praticada nos nossos serviços de saúde" e que devia ser debatida.
Por outro lado, para Renato Martins, a eutanásia acaba por ser uma falsa questão, pois "os doentes apenas não querem viver naquela situação de sofrimento em que estão."
"Quando o sofrimento lhes é retirado, a maior parte, a esmagadora maioria dos doentes, quer viver, agarra-se à vida e as palavras de desespero, de um pedido de desespero de uma morte piedosa transformam-se em palavras de agradecimento e de apego à vida," explica o psicólogo.