Moçambique e Portugal continuam a trabalhar sobre circulação de pessoas

por Lusa

O chefe da diplomacia moçambicana disse hoje em Lisboa que a questão relacionada com o emissão do visto de negócios já devia estar concluída e que Portugal e Moçambique continuam a trabalhar sobre a facilitação da circulação de pessoas.

"Está-se a trabalhar nisso. Para já, a ideia é fazer-se isso de uma forma faseada, começando, por exemplo, com o visto de negócios, mas está-se a trabalhar. Havia até a esperança de que nesta altura isso já estivesse concluído, pelo menos a nível bilateral. Não se conseguiu. Vai-se continuar a trabalhar", disse Oldemiro Baloi.

O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique respondia aos jornalistas após um encontro na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e relativamente ao encontro entre o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi e o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

O chefe da diplomacia moçambicano disse ainda que durante a reunião que decorreu durante a tarde na sede da CPLP, o chefe de Estado de Moçambique transmitiu o empenhamento de Maputo na organização mas referiu-se também à "necessidade de uma nova visão".

"Uma visão que chegue às comunidades e aos povos dos países membros e a única forma de isso acontecer é responder às necessidades desses mesmos povos. A língua, a cultura e as relações político-diplomáticas são necessárias mas como pano de fundo são precisos mecanismos de enquadramento e ligações mais concretas", explicou Oldemiro Baloi sobre o encontro entre Filipe Nyusi e os diplomatas da CPLP.

Hoje, além do encontro com o presidente da República Cavaco Silva, o chefe de Estado moçambicano reuniu-se com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho e recebeu as chaves da cidade de Lisboa, numa cerimónia que decorreu na câmara municipal.

O presidente moçambicano iniciou hoje formalmente uma visita de Estado a Portugal, a convite do seu homólogo português.

Esta visita é a primeira que o chefe de Estado moçambicano, empossado a 15 de janeiro, realiza fora do continente africano.

De acordo com dados do Centro de Promoção de Investimentos, em 2014 Portugal ocupava a 4.ª posição da lista dos dez maiores investidores externos em Moçambique, com cerca de 300 milhões de euros.

 

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