Ordem dos Médicos condena arquivamento de casos de mortes nas urgências

por Miguel Soares

Foto: Reuters/Denis Balibouse

O bastonário da Ordem dos Médicos considera lamentável que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde não tenha instituído processos disciplinares aos conselhos de administração dos hospitais na sequência das mortes nas urgências no inverno passado.

José Manuel Silva comenta as notícias do arquivamento dos oito inquéritos abertos após a morte de doentes que, no último inverno, aguardaram muitas horas nos serviços de urgência hospitalares, avançadas nas edições de hoje dos jornais Público e Correio da Manhã.

Os jornais adiantam que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) arquivou os inquéritos, por "não haver matéria para processos disciplinares", e propôs "mudanças de natureza administrativa".

As mortes ocorreram entre o final de dezembro de 2014 e as três primeiras semanas de janeiro nos hospitais de S. José (Lisboa), Santa Maria da Feira, Setúbal, Peniche, Santarém, Aveiro e Garcia de Horta (Almada) numa altura em que [em plena epidemia de gripe e vaga de frio] muitas urgências viviam uma situação caótica devido ao pico de procura.
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