Polémica na subconcessão da STCP/Metro do Porto

por Daniel Belo

Foto: Lusa/Estela Silva

Depois da decisão do Governo, CGTP vai mover uma ação contra o Estado Português, trabalhadores das duas empresas concessionadas mostram estranheza e Bloco de Esquerda fala em "negociata desastrosa" a um mês das eleições.

A CGTP Intersindical vai mover uma ação popular contra o Estado Português, com a intenção de travar a "clara violação da lei" por parte do Governo, ao ter atribuído, por ajuste direto e não por concurso público, a subconcessão da STCP e da Metro do Porto. A central sindical pede também ao Ministério Público que investigue e torne conhecidos os contornos de um negócio "opaco, cheio de secretismos, concluído com uma rapidez nunca vista".

Hoje, poucas horas depois de terminado o prazo para entrega de propostas por parte dos interessados, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, anunciou que as empresas Transdev e Alsa apresentaram as melhores propostas à subconcessão da Metro do Porto e da STCP.

Também a Comissão de Trabalhadores da STCP denota surpresa pela forma como o processo foi conduzido na sua fase final, mas remete conclusões para mais tarde, depois de analisado o caderno de encargos.

No plano político-partidário Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, fala de uma "negociata ruinosa e desastrosa, que tem tudo para ser obscura", por ajuste direto, realizada a um mês das eleições legislativas e contra a qual o seu partido vai mover os instrumentos legais a que tem acesso.
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