As demolições de casas ilegais na Ria Formosa estão suspensas há 3 meses por decisão dos tribunais.
O processo de renaturalização da Ria Formosa, lançado pelo governo através do programa Polis, avançou finalmente após 20 anos de ameaças.
E com objetivos bem definidos: demolir 800 casas, construídas em cima de terrenos públicos, consideradas residências de verão ou segundas habitações.
Segundo a Polis, das 800 apenas 100 são primeiras habitações, com direito a realojamento.
Farol seria o próximo destino: 200 casas iriam abaixo, não tivessem os proprietários conseguido travar a entrada das máquinas.
Recorreram à Justiça. Alegaram que os trabalhos iriam destruir o habitat do camaleão, espécie protegida. O tribunal aceitou as providências cautelares. As demolições foram suspensas.
O governo recorreu da decisão e encomendou novo estudo sobre o impacto ambiental do projeto. Por agora, as máquinas estão paradas à espera das decisões do tribunal.
Das 800 casas sinalizadas, apenas 300 foram demolidas.
E se uns desesperam pelo realojamento, outros ganharam a esperança em conseguir manter a casa à beira praia.