Federalistas europeus lamentam saída e apelam a "união política"

por Lusa

Lisboa, 25 jun (Lusa) -- A delegação em Portugal da União dos federalistas europeus (UEF) "lamentou" hoje em comunicado o resultado do referendo britânico que determinou a saída do país da União Europeia (UE) e apelou a uma "união política".

"O Reino Unido deverá sair da União Europeia conforme o procedimento estabelecido no Tratado da União Europeia", refere o texto deste movimento político supranacional fundado em 1946 e que defende unificação do continente numa Europa Federal.

A UEF integra 24 organizações nacionais por toda a Europa, incluindo a UEF Portugal constituída oficialmente em 2016.

O movimento apela aos Estados-membros da União para promoverem "passos concretos" para enfrentar os atuais desafios e na sequência do resultado do referendo sobre o Brexit consideram que chegou o momento "para avançar para a necessária união política, que durante muito tempo a questão britânica impossibilitou".

"Os federalistas europeus em Portugal apoiaram a campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia e como tal agradecem hoje aos milhares de ativistas que, por todo o país, fizeram campanha e convenceram mais de 16 milhões de britânicos de que o futuro do país era na União", prossegue o texto, que recorda o contributo da União para a "paz, estabilidade e prosperidade na Europa" após séculos de conflitos, assinalam.

"Infelizmente a grave crise dos últimos anos colocou algumas destas vitórias em causa. No Reino Unido, tal como em muitos outros estados europeus, a União Europeia está a falhar quando se trata de apresentar um projeto claro para um futuro melhor. Todos aqueles que defendem a continuação deste projeto devem hoje fazer a autocrítica necessária para trabalhar pela construção de uma melhor Europa", considera o UEF-Portugal.

Os federalistas europeus defendem um processo de saída do Reino Unido "rápido e transparente" e exortam Londres a "implementar, o mais rapidamente possível, o procedimento de saída constante do artigo 50º. Todo o atraso ao início deste processo apenas provocaria incerteza desnecessária".

O texto apela ainda aos países do bloco comunitário, em particular os que integram a zona euro, a avançarem para um processo efetivo de reforma da União" e que "responda às exigências dos seus cidadãos de mais democracia, igualdade e eficiência".

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