Militares da GNR acusam Passos Coelho de mentir

por Ana Barros, Manuel Oliveira

O primeiro-ministro lamenta o facto de o Governo não ter aprovado a revisão da carreira profissional dos guardas ainda nesta legislatura, mas nega ter havido pressões.

Os militares da Guarda Nacional Republicana não se conformam com a não aprovação do novo estatuto profissional da GNR. Garantem que houve pressões para travar o processo e não aceitam as justificações do primeiro-ministro.

A decisão foi conhecida no último Conselho de Ministros: a PSP recebeu luz verde do governo com novos estatutos, a GNR ficou de parte.

César Nogueira tem uma versão diferente do chefe do governo.
Garante que nas chefias do Exército houve interesse em evitar o acordo e acha "caricato que o senhor primeiro-ministro venha dizer uma coisa dessas", porque "é mentira".

Nesta legislatura, ficou apenas a clarificação da passagem à reserva e reforma mas fica a faltar muito mais, nomeadamente a definição de um horário de serviço para 36 horas. Os militares garantem que o entendimento com Anabela Rodrigues já estava garantido.

Os militares da GNR vão manifestar-se a 2 de Outubro, em Lisboa, no último dia de campanha eleitoral, para lembrar ao executivo as promessas que ficam pendentes e pedir compromissos para os próximos 4 anos.
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