Tiago Brandão Rodrigues desmente que tivesse conhecimento da inverdade relativa às habilitações académicas de um membro da sua equipa, Nuno Félix. Este demitiu-se agora.
O chefe de gabinete demissionário, Nuno Félix, tivera publicitadas no Diário da República licenciaturas em dois cursos superiores: Ciências da Comunicação (Universidade Nova de Lisboa) e Direito (Universidade Autónoma de Lisboa).
O diário Observador procurara obter confirmação junto das duas universidades e ambas desmentiram que Félix tivesse concluído as respectivas licenciaturas. Ao mesmo jornal, o chefe de gabinete demissionário alegou ter dito apenas "que tinha a frequência do ensino superior". Afinal, segundo as universidades, essa frequência limitou-se a um e dois anos, respectivamente.
Entretanto, o ex-secretário de Estado da Juventude, João Wengorovius Meneses, lembrou que ao demitir-se, em meados de abril, um dos pomos de discórdia com o ministro fora precisamente a falsa declaração de habilitações de Félix, tal como esta encontrara expressão no Diário da República.
Meneses afirma por outro lado que quis na altura demitir Félix, também por este motivo; mas que Tiago Brandão Rodrigues quis mantê-lo em funções e preferiu aceitar a demissão do secretário de Estado.
Em comunicado distribuído na noite de sexta feira, o ministro respondeu ao seu antigo secretário de Estado e "desmente que tenha tido conhecimento de que havia uma incorreção no despacho de nomeação assinado pelo antigo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Meneses, relativamente ao seu Chefe do Gabinete".
Além disso, desmente também que Meneses tenha saído "devido a questões relacionadas com o seu Chefe do Gabinete".