Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

Passos espera que esquerda "não se ponha ao fresco" quando tiver que corrigir erros

por Lusa

Aveiro, 30 abr (Lusa) -- O presidente do PSD disse hoje esperar que a esquerda "não se ponha ao fresco" quando tiver que corrigir as políticas que estão a ser seguidas e que o Governo "não se demita à primeira dificuldade".

"Haverá um dia em que o Governo vai ter de corrigir [as políticas que está a empreender] e espero que não se ponha ao fresco, como em 2011. Deve ser este Governo e a sua maioria a corrigir os erros que estão a cometer porque tem essa responsabilidade. Espero que a maioria aprove os Orçamentos do Estado de 2017 e 2018. Não contem para isso connosco e não vale a pena virem depois com crises políticas", afirmou Pedro Passos Coelho.

O líder do PSD, que falava em Aveiro onde deu posse aos novos órgãos distritais do partido, assegurou que o PSD "não tem pressa" em voltar à governação e por isso não pede a demissão do Governo, porque "em democracia quem governa deve ter a oportunidade de mostrar o que vale".

Para o ex-primeiro-ministro, o executivo de António Costa está a "meter a cabeça na areia, como no passado, o que se vai pagar caro", e só não quer rever as contas [Orçamento Retificativo] porque tinha de dizer aos portugueses que, afinal, a realidade não é a que estão a prometer".

Criticou ainda António Costa por dizer que o crescimento económico de 2015 foi aparente quando o "demonstram o Banco de Portugal, O INE [Instituto Nacional de Estatística] e as Contas Públicas", admitindo apenas que "a situação se complicou no final de 2015, com a perspetiva de crise política, cuja responsabilidade cabe à atual maioria".

"É verdade: no final de 2015 o investimento parou, as pessoas tiveram medo, a atividade económica parou", disse o ex primeiro-ministro que assumiu o "legado" que deixou "de um ciclo duro de ajustamento, em que o essencial foi feito, o que permite ao atual Governo reduzir a austeridade".

"Com o défice que, sem a banca, seria de 2.8% em 2015 e que há muitos anos não era tão baixo e um desemprego em 12%, que no passado havia chegado aos 17%, o caminho estava correto", insistiu Passos Coelho, para quem o Governo e a maioria que o suporta no parlamento estão a desperdiçar as condições criadas e a criar mais dificuldades para o futuro, ao reverter as medidas que haviam sido tomadas.

pub