Presidente da República quer sustentabilidade financeira e sociopolítica para o Estado social

por Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que definir as "bases de sustentabilidade" financeira e sociopolítica do Estado social é uma "exigência de justiça intergeracional".

"É agora, é hoje, que devemos definir as bases de sustentabilidade do nosso Estado social. Trata-se de um imperativo de justiça, não de um imperativo de justiça apenas entre os portugueses de 2016, mas de uma exigência de justiça intergeracional entre os portugueses de 2016 e os cidadãos de 2020, 2030, 2060", defendeu o Chefe de Estado.

A definição dessa sustentabilidade conta com uma "dificuldade acrescida", que é um quadro europeu "em que a intervenção das instituições europeias é, nalgumas facetas, mais vasta, mais constante e mais pressionante do que a de estados federais sobre os estados federados", apontou o Presidente.

No encerramento do Fórum de Políticas Públicas, promovido pelo ISCTE, na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou estar a referir-se a uma "sustentabilidade financeira e sustentabilidade sociopolítica".

"Sustentabilidade financeira porque importa que as despesas efetuadas com as prestações sociais tenham em conta os recursos disponíveis, ou seja, a riqueza criada e existente, mas também sustentabilidade sociopolítica, porque importa salvaguardar que se olhe à redistribuição da riqueza e se garantam patamares humanamente exigíveis de dignidade das pessoas e das comunidades", sustentou.

pub