PURP apresenta-se a eleições sem ambição de poder e com fortes críticas aos partidos

por RTP

Pela primeira vez, o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas apresenta-se a eleições. O representante do PURP está consciente que não será o próximo primeiro-ministro, critica os orçamentos de campanha dos grandes partidos e a forma como têm sido tratados os mais idosos. Fernando Loureiro explicou as prioridades deste movimento em entrevista a João Fernando Ramos.

Sem ilusões. Fernando Loureiro sabe que “seguramente” não será primeiro-ministro depois de dia 4 de outubro. Mas acredita que tem pessoas que estão altamente qualificadas para o ser e que poderão dar o seu contributo para o país.

O partido ainda não foi a congresso e ainda vai definir que sistema de reformas pretende. Apesar disso, Fernando Loureiro defende que os últimos Governos “humilharam e insultaram as pessoas”, em especial os reformados e os jovens.

“Não tiveram o mínimo de cuidado de nos proteger ao fim de uma vida inteira de trabalho”, critica Loureiro, que tem 67 anos. O fundador do PURP diz que coloca todos os partidos tradicionais "no mesmo saco" e não aceita que se diga que não há dinheiro para pensões.

"Tem de haver dinheiro. O dinheiro está na banca, está no BPN, está no BES", garante o candidato, criticando ainda o que é gasto por Belém e pela Assembleia da República. Loureiro apresenta-se ainda crítico dos orçamentos de campanha dos grandes partidos, muito superiores aos oito mil euros que o PURP pretende gastar nestas eleições.

"Se pouparmos em todos os sítios, temos um país melhor, mais equitativo e mais igualitário", sublinha Loureiro.
Sandes, passe social, sumo
Fernando Loureiro rejeita a ideia que o partido se destina apenas a reformados, estando também preocupado com os jovens. "Nós estamos mais para lá do que para cá", refere, mas garante que têm ainda um contributo importante a dar "para deixar um mundo melhor aos nossos netos e filhos".

Fernando Loureiro apresenta-se contra as taxas moderadoras na saúde e considera que, em Portugal, não se apoiam as pessoas, mas sim as grandes empresas. O fundador do PURP critica as "politiquices", nomeadamente a questão dos cartazes, e os partidos que estão atualmente representados no Parlamento.

O candidato garante que está nesta corrida para ajudar os outros, e confessa que lhe faz "uma impressão terrível" que os reformados não percebam "que estão a ser enganados".

"O povo português não percebe que há pessoas que são diferentes das outros. Nós não queremos poder, não queremos dinheiro. Eu ia para lá com uma sandes, um passe social e um sumo", admite mesmo o candidato.

Sobre as relações com a União Europeia, Loureiro defende uma frente dos países do sul para fazer mudanças na União Europeia.


 
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