Rui Rio só decide depois das legislativas

por Marta Pacheco

Rui Rio só anuncia em outubro se concorre à Presidência da República e critica, de forma velada, mas vigorosa, outro possível candidato, Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Rio esclarece, em artigo de opinião na edição de quarta-feira do Jornal de Notícias, que só anuncia a sua decisão sobre uma eventual candidatura à Presidência da República em outubro.

O ex-presidente da Câmara do Porto explica, no artigo, o equívoco das sucessivas datas que foram noticiadas sobre a sua vontade de concorrer ao Palácio de Belém e garante que a candidatura, a confirmar-se, nada tem de "tático".

Fala mesmo num "projeto para o País e a identificação de uma inequívoca vontade de uma parte substancial da sociedade".

Também admite que o regresso à vida política pode estar para breve, refere o JN na sua edição 'online'. Rui Rio justifica a data do anúncio com o que diz ser a disponibilidade dos portugueses para pensarem nas presidenciais, o que julga só poder acontecer depois das legislativas.

O artigo do JN tem o título "Presidenciais: Ponderação em nome da responsabilidade", e nele Rui Rio deixa duras críticas a comentadores políticos que confundem "a realidade do país" com "a futilidade de alguns corredores político-mediáticos".

Em junho vários órgãos de comunicação social noticiaram que Rui Rio iria anunciar a sua candidatura a Belém durante o mês de junho, tendo Rui Rio desmentido essas notícias.

Na quinta-feira, 27 de agosto, Pedro Santana Lopes anunciou que não será candidato à Presidência da República.

No domingo, o ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa tinha defendido que os potenciais candidatos do centro-direita às presidenciais "terão exatamente as mesmas dificuldades" que Santana Lopes para decidir se avançam ou não na corrida para Belém.

A menos de sete meses do final do mandato do atual Presidente da República são já uma dúzia os candidatos que anunciaram a intenção de entrar na corrida a Belém, estando três outros em reflexão.

Na área política do centro direita encontram-se em reflexão três antigos dirigentes do PSD - Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio e Alberto João Jardim.

(com Lusa)
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