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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito entre Irão e Israel ao minuto

Jaime Cortesão Cedida por Luísa Cortesão

Jaime Cortesão, capitão-médico voluntário

Jaime Cortesão (1884-1960) foi um republicano convicto, que enquanto deputado defendeu sempre e entrada de Portugal na I guerra Mundial. Quando aconteceu a Declaração de Guerra por parte da Alemanha ofereceu-se como voluntário para a frente onde seria gaseado durante um ataque alemão.

Formou-se em medicina desde 1909 foi-lhe atribuída uma comissão de capitão no corpo médico do CEP. Em princípios de 1918 foi gaseado enquanto prestava assistência a soldados feridos.

Mais tarde opôs-se ao Estado Novo e, no princípio dos anos 30, exilou-se em Espanha onde apoiou a jovem república até o General Franco tomar o poder após uma longa guerra civil. Cortesão escapa para França, mas é obrigado a regressar a Portugal em 1940 após a invasão alemã.

Com outros republicanos portugueses é preso mal chega ao país. Libertado em 1941 retira-se para o Brasil onde vai viver até 1957, quando volta a Portugal morrendo em 1960.

Nesta gravação, realizada em 1958, Jaime Cortesão recorda o facto de se ter oferecido como voluntário para o CEP e também o de ter sido gaseado.



Arquivo RTP

Jaime Cortesão com a farda do CEP.


Desenho feito por Jaime Cortesão do local onde dormia na frente de batalha. Pode ler-se no topo da página: “O fundo do meu abrigo. De canto as duas camas, sendo a minha a marcada com o sinal X. Ao fundo um móvel de madeira e (…) um tosca mesa-de-cabeceira feira de pinho”.

(Imagens cedidas por Luísa Cortesão)