Raphinha acredita que Sporting ainda pode ser campeão esta época

por Lusa
Tiago Petinga - EPA

O futebolista brasileiro Raphinha recusou-se a 'atirar a toalha ao chão' no que toca às possibilidades de o Sporting se vir a sagrar campeão da liga portuguesa este ano, considerando que ainda há muitos pontos em disputa.

"Temos que ganhar todos os jogos. Você falou que não é possível [o Sporting sagrar-se campeão nacional], mas o campeonato ainda não acabou", realçou aos jornalistas o jogador dos 'leões', à margem de uma visita à Escola Dr. Azevedo Neves, na Damaia, Amadora.

Sobre a importância do jogo da segunda mão da Taça de Portugal, frente ao Benfica, agendado para 03 de abril (na primeira mão o clube da Luz ganhou em casa por 2-1), Raphinha disse que "é uma das chances para chegar a mais uma final", insistindo, contudo, que "todos os jogos são importantes até ao final da época".

Raphinha mostrou-se ainda satisfeito com o atual momento de forma que atravessa, tendo sido titular nos últimos três jogos do Sporting: "Venho de uma fase boa. Sempre busco o meu melhor para jogar, sabendo do potencial do grupo."

O Sporting ocupa atualmente a quarta posição da I Liga, com 55 pontos, a oito pontos dos líderes Benfica e FC Porto, que contam ambos 63, tendo os 'encarnados' vantagem no confronto direto com os 'azuis e brancos'.

Por seu turno, Wendel, que acompanhou o seu colega e compatriota Raphinha nesta visita, admitiu perante uma plateia cheia de crianças que passou por uma adaptação "bastante complicada" na sua primeira temporada de 'leão ao peito'.

"Demorei um ano a adaptar-me ao futebol em Portugal, sem grandes oportunidades. Mas não desisti, lutei e acabei por conquistar o meu espaço", lançou o jovem brasileiro - que tem 21 anos, tal como Raphinha -, sublinhando que é preciso "trabalhar todos os dias e lutar" pelo sonho de ser futebolista profissional, já que "o talento só não chega".

Já Raphinha salientou que o futebol é uma "paixão de família", uma vez que o seu pai, o seu avô e o seu tio eram futebolistas. "Cresci vendo eles a jogar. É uma coisa que gosto muito de fazer e se não fosse o futebol não sabia o que iria fazer", afirmou, destacando que, ainda assim, terminou o ensino obrigatório no Brasil devido à insistência da família.

Questionados pelos alunos desta escola da Damaia, que conta com 25 nacionalidades diferentes e em que 75% dos alunos não são portugueses, sobre quem são os seus ídolos de infância, ambos os jogadores elegeram o antigo internacional brasileiro Ronaldinho Gaúcho.
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