As estórias por trás da grande história. O registo para as gerações vindouras de um momento único de orgulho patriótico.
O desaparecimento de Amália Rodrigues parecia indicar para muitos a morte do Fado. Morria a sua voz maior, morreria a canção. Nada de mais errado. No imenso lugar deixado vazio, mas fértil, surgiu uma geração de ouro de cantores, guitarristas, poetas e compositores e, também, uma legião de estudiosos e curiosos.
Nesta década em que se construiu ainda um museu, voltámos a ter uma fadista nos palcos do mundo (seguida de várias outras), fizemos um filme mundial e universal e decidimos, todos, que valia a pena elevar o Fado a património mundial.
É essa história que queremos contar. Tendo como pano de fundo a viagem longínqua a terras indonésias em novembro do ano passado, quase relembramos as conquistas portuguesas e o intercâmbio de cinco séculos. Acompanhamos as tensões, os receios, as angústias e partilhamos as alegrias, as descobertas, as emoções e os festejos. Sara Pereira, Diretora do Museu do Fado, António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa, Andresen Guimarães, Embaixador na UNESCO, Rui Vieira Néry, Etnomusicólogo, Carlos do Carmo, Fadista e Embaixador da Candidatura... Todos eles contam as estórias por trás da grande história, numa espécie de registo para as gerações vindouras de um momento único de orgulho patriótico.