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Dias da Música em Belém 2015 - Concerto de Encerramento

Dias da Música em Belém 2015 - Concerto de Encerramento

Géneros

  • Musicais

Informação Adicional

De 24 a 26 de abril de 2015, concertos, oficinas, conferências e visualização de filmes, artistas de primeira linha do panorama nacional e internacional, jovens intérpretes e até compositores, vão levar-nos por uma viagem pela história do Cinema, com transmissão em direto na sua RTP2.

Concerto de Encerramento:
Erich Wolfgang Korngold: O Gavião dos Mares
Filmes: O Gavião dos Mares
Richard Addinsell: Concerto de Varsóvia
Filmes: Aquela Noite em Varsóvia
Georges Bizet/Franz Waxman: Fantasia Carmen para Violino e Orquestra
Filmes: Dr Jekyll e Ms Hyde; A Armadilha; Um Sogro do Pior; Os Chapéus de Chuva de Cherburgo; Feliz Acaso; Alguém Como Tu; Street Fighter: A Batalha Final; O Grande Salto; Trainspotting; Trance; Magnolia; Um Porquinho Chamado Babe; Doidos por Mary; A Arte da Guerra
Leonard Bernstein: Três Episódios de Dança de On the Town
Filmes: Um Dia em Nova Iorque
Stephen Sondheim: Sweeney Todd: Excertos (versão portuguesa: João Lourenço e Vera Sampayo de Lemos)
Filmes: Sweeney Todd
John Williams: Marcha Imperial e Tema da Guerra das Estrelas
Filmes: A Guerra das Estrelas
Orquestra Sinfónica Portuguesa
João Paulo Santos, direção musical
Giovanni Bellucci, piano
Ilian Garnet, violino
Ana Ester Neves, soprano
Mário Redondo, barítono

Este concerto apresenta muitas das possíveis relações entre a música e o cinema.
A primeira obra é de Erich Wolfgang Korngold, um dos muitos compositores de ascendência judaica que nos anos 1930 do século XX atravessou o Atlântico para os Estados Unidos, tendo ficado sobretudo conhecido pelas bandas-sonoras dos filmes de capa e espada de Errol Flynn, de que o Gavião dos Mares (1940) é um dos melhores exemplos. O Concerto de Varsóvia, de Richard Addinsell, é o exemplo de uma obra musical que ultrapassou em fama o próprio filme para o qual foi composta - Dangerous Moonlight (1941). Em menos de dez minutos temos um concerto para piano e orquestra em miniatura à maneira dos concertos de Rachmaninov, modelos de uma linguagem romântica tardia e que servia o imaginário que se tinha do pianista virtuoso.
A Fantasia Carmen para Violino e Orquestra de Franz Waxman junta os temas extraídos da Carmen de Georges Bizet e a mestria e domínio na arte da orquestração de um dos grandes compositores de Hollywood, Franz Waxmann, mais um exemplo de um compositor de ascendência judaica que encontrou em Hollywood o refúgio ideal para continuar a compor, tendo sido responsável por bandas-sonoras de filmes como A Noiva de Frankenstein, Rebecca, O Crepúsculo dos Deuses, Um Lugar ao Sol, Janela Indiscreta e Taras Bulba. A Fantasia Carmen, é uma peça para violino e orquestra virtuosa e que tem como base algumas das melodias mais famosas da Carmen, curiosamente uma das óperas cujos temas foram mais vezes apropriados pelo cinema, revelador da sua grande popularidade. Nesta fase do concerto entramos no mundo incontornável dos musicais. Como tantos outros musicais da Broadway, On the Town, de Leonard Bernstein, foi adaptado ao cinema pouco tempo depois da sua estreia. Este musical chegava assim ao grande ecrã em 1949, com Gene Kelly, Frank Sinatra e Jules Munshin. A música de Bernstein revela um dos maiores compositores norte-americanos do século XX, aqui ao serviço de uma maravilhosa caracterização do fascínio da descoberta de Nova Iorque, tendo dado origem a mais uma memorável coreografia de Gene Kelly com os seus três episódios de dança. Outro grande compositor e letrista do mundo do musical norte-americano é sem dúvida Stephen Soundheim. Enquanto letrista colaboraria com nomes incontornáveis, como é o caso do próprio Bernstein, em West Side Story (1957), mas também Richard Rodgers, em Do I Hear a Waltz? (1965), entre muitos outros. No entanto, iria ter um papel crucial na definição do protótipo do musical contemporâneo ao escrever a música de Company (1970), A Little Night Music (1973), Sweeney Todd (1979) e Sunday in the Park with George (1984), entre outros. Todas estas colaborações tornaram-no numa figura absolutamente transversal da história do musical norte-americano a partir dos anos 50 do século passado. Como não poderia deixar de ser, também Stephen Soundheim, letrista e compositor, viu grande parte dos seus trabalhos adaptados para o cinema. É o caso de Sweeney Todd, adaptado por Tim Burton em 2007, curiosamente o mesmo ano em que o Teatro Aberto, em Lisboa, apresentava este musical na versão de João Lourenço, Vera San Payo de Lemos e José Fanha, com Mário Redondo e Ana Ester Neves nos principais papéis, dirigidos por João Paulo Santos. Por fim, neste concerto dedicado à sétima arte, não poderia faltar aquele que será certamente um dos compositores de bandas sonoras mais reconhecidos da atualidade: John Williams. Este compositor é sobretudo associado aos filmes de Steven Spielberg, para quem compôs a grande maioria das bandas sonoras. Desenvolveu uma linguagem, facilmente reconhecível, que se tornou num verdadeiro modelo para a música escrita para o cinema, sobretudo a partir do final da década de 70 do século XX com Tubarão, de 1975, A Guerra das Estrelas e Encontros Imediatos do Terceiro Grau, de 1977, O Super-Homem, de 1978, Indiana Jones, de 1981, e E.T., de 1982.

Ficha Técnica

Título Original
Luzes, Câmara... Música!
Realização
Paula Macedo
Duração
70 minutos