Manuel Sobrinho Simões, Tatiana Salem Levy e Teresa Calçada
Ep. 13 22 Abr 2018
Entre 1995 e 2002, o poeta e professor António Carlos Cortez coordenou projetos educativos num bairro social em Lisboa. Tratou-se, nas suas palavras, de fazer cultura, de semear música, poesia, História. Uma vez, numa das sessões, uma menina adormeceu, cheia de fome. Concluiu que sem pão não há filosofia.
Muitas questões são levantadas nesta breve história: como é que se semeia cultura numa terra normalmente voltada ao abandono, e qual o lugar da cultura (Agostinho da Silva, numa Conversa Vadia, pô-la entre o sustento e a saúde).
O programa de hoje tem António Carlos Cortez como convidado. Também o cineasta Joaquim Sapinho que aprendeu com Antígona a pensar o sentido da Justiça. E aqui podemos parar de novo: uma personagem de há 2400 anos ensina-nos a interrogar os nossos dias e os temas mais difíceis. A personagem trágica de Sófocles diz uma frase que pode ser um lema para a vida: "Eu não nasci para odiar mas sim para amar".
Sapinho, numa lista de objetos e referências marcantes na sua formação, aponta também o filme Trás os Montes de António Reis e Margarida Cordeiro, que é uma forma de olhar para o tempo e para a ação do tempo num território. É o único filme que menciona. Hoje falo também com Rui Baeta, cantor, a quem vou pedir que descreva as vozes dos três barítonos de que mais gosta. Têm cor? É pela técnica que se distinguem?, pelo ritmo? Aprende-se a ouvir e Baeta é, muitas vezes, um professor que ensina. Vamos aprender com ele.
Convidados: António Carlos Cortez, Joaquim Sapinho e Rui Baeta
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