O retrato de uma mulher determinada e romântica durante a segunda guerra mundial num filme do cineasta francês Laurent Heynemann, baseado numa história verídica
França, 1940. Jeanne "Janot" Reichenbach, uma judia rica, decide abandonar o marido e o filho para salvar o homem que sempre amou: Leon Blum, famoso político socialista, três vezes primeiro-ministro. Em vez de fugir do país ocupado pelos alemães, Janot viaja pela Europa, sacrificando a sua liberdade, para se juntar ao seu amor de adolescência no campo de concentração de Buchenwald.
Por amor, uma mulher abandona tudo, luxo, conforto, marido e filho, para acompanhar o destino de um político ameaçado pela chegada dos nazis. Leon Blum refugia-se no sul da França, mas será preso numa fortaleza na fronteira espanhola. Levado perante juízes tendenciosos de um julgamento injusto, é deportado para a Alemanha. Janot escuta apenas o seu coração, e decide cruzar a Europa para voluntariamente se juntar ao homem por quem se apaixonou na adolescência, para com ele ultrapassar essa provação.
Janot representa tudo o que o amor pode dar de força e desejo de viver. Os dois serão acompanhados na sua jornada por Renée, a nora de Blum, cuja relação com Janot irá evoluir da agressividade franca à cumplicidade amigável. Enclausurado com o casal na pequena cabana de caça adjacente ao campo de Buchenwald, Georges Mandel testemunhará, apesar das divergências políticas e de uma outra ideia dos seus papeis na história, a sua coragem, lucidez e humor.
Os sentimentos de Janot, em relação ao ex-marido e ao filho, alimentam-se da culpa, mas exprimem ternura, prometem-se nas adversidades, e são garantidos na paixão e no riso libertador. Mas também se afirmam como uma definição de paixão amorosa na decisão comum de se apoiarem mutuamente porque se amam.