Um fascinante filme de Ficção Científica que é, também, uma reflexão existencial sobre o último Homem na Terra.
Num futuro próximo o cientista Zac Hobson acorda para mais um dia. Um dia, apesar de tudo, completamente diferente de todos os outros. Zac descobre que pode ser o único homem vivo no planeta. Erra sem objectivo num Mundo silencioso e vazio, tentando manter a sua sanidade mental. Suspeita que o fantástico e catastrófico fenómeno se deve a uma experiência científica em que participou e que correu terrivelmente mal. Finalmente, encontra dois outros seres humanos vivos: Joanne, uma bela e jovem mulher e Api, um enorme nativo maori da Nova Zelândia. Os três vão tentar descobrir outros seres humanos e tentar reconstruir um tipo de vida em conjunto. O seu primeiro objectivo é destruir o laboratório governamental, aparentemente, responsável pelo apocalípse.
Geoff Murphy, o cineasta neo-zelandês que Cannes descobriu com “Utu. O Guerreiro”, assinou em 1985 um fascinante filme de Ficção Científica que é, também, uma inteligente reflexão existencial. Partindo da adaptação de um romance de Craig Harrison, “Terra Tranquila” equaciona de forma inteligente o alucinante percurso de um homem que pode ser o último representante da Humanidade à face do planeta, após uma bizarra e devastadora catástrofe. Murphy constrói uma bela fantasia apocalíptica e futurista em tom de thriller fantástico e introspectivo, cujo êxito assenta, em grande parte, no seu principal interprete e co-argumentista: Bruno Lawrence.