Raio de Sorte - A História de Vítor Gamito

Quando se tem o ciclismo no sangue...

Será que alguém pode nascer sem a fortuna do seu lado?
Será que a dor pode ser superada pelo simples querer?
Será que o ciclismo é o desporto de maior sofrimento?
Se olharmos para a vida de Vitor Gamito, todas estas perguntas terão a mesma resposta: Sim!
Os primeiros anos foram passados debaixo das saias da mãe e o rumo quase foi mudado, caso tivesse vendido a bicicleta na adolescência para comprar um computador, a sua primeira paixão.
O ciclismo entrou-lhe um dia no sangue, mas com o sangue correu no asfalto até ao ano passado. O primeiro troféu que ganhou foi a Taça do Azar, augúrio de uma vida verdadeiramente regada a sangue, suor e lágrimas. De eterno segundo, passou a verdadeiro primeiro, ao triunfar pela primeira vez na Volta a Portugal em Bicicleta no ano 2000.
Aos 31 anos, olha para o corpo e são poucos os sítios em que não tem um despojo de guerra, uma cicatriz provocada por uma queda ou por um dos inúmeros acidentes que sofreu. Mas, ao contrário de outros que desistiram ou nunca mais foram os mesmos, Gamito nunca ganhou fobias, nem andou mais devagar.
O "Grande Repórter" desta semana é dedicado à exploração daqueles que passam uma vida sobre duas rodas e sabem o que é sofrer?, com autoria da jornalista Sandra Vindeirinho, imagem de Vitor Amorim e edição de Francisco Sequeira.