Uma rua movimentada. Ângelo, jovem fotógrafo, entra numa cabine telefónica para fazer um telefonema. Junto do auscultador está um envelope, fechado e lacrado, com uma pequena fotografia, de uma jovem bonita e sorridente, e que está presa com um clip num dos cantos. Um número está escrito na superfície do envelope. Ele fica tentado a marcar esse número mas desiste. Depois de telefonar a um amigo, sai, deixando o envelope no mesmo sítio. Volta atrás e fica com ele.
Em casa, intrigado, marca o número de telefone. Som de chamada. Ninguém atende. Volta a marcar. Uma voz de atendimento diz que o número foi alterado e ele fica na posse de um outro número. Volta a marcar. Ninguém atende. Telefona para as informações e apesar de lhe dizerem que não é costume indicarem a morada a partir de um número de telefone, acabam por informá-lo, chegando mesmo a tratá-lo pelo seu nome, Ângelo. Ele estranha que saibam assim o seu nome sem mais nem menos. Sai de casa.
Chama um taxi. Um padre cumprimenta-o, chamando-o pelo seu nome. Mais uma vez Ângelo estranha.
Dirige-se para a Praceta dos Anjos, número 25.
Encontra uma jovem mulher muito simpática e grávida que lhe diz que o envelope não lhe pertence e que não conhece a pessoa da fotografia. Ângelo acha tudo muito confuso, pede desculpa e volta para casa.
Telefona ao amigo e pergunta-lhe o que vai ele fazer no dia seguinte, Sábado. O amigo diz-lhe que tem uma cerimónia importante a que não pode faltar.
Marca, de novo, o número de telefone misterioso. Ninguém atende. É de tarde. Decidido a entregar o envelope e convencido de que a jovem mulher se tenha enganado, entra no seu "utilitário" e dirige-se para a Praceta dos Anjos.