É o terceiro de uma série de quatro programas que se propõe rever a saga da descolonização portuguesa em África, tendo Moçambique como ponto de perspectiva.
Spínola tenta salvar o que é possível do seu projecto de descolonização, mas está fragilizado. Em Lisboa, os partidários das "independências já e nem mais um soldado para as colónias" conduzem a opinião pública dominante. Em África a tropa portuguesa também está activa. Multiplicam-se nesse mesmo sentido as pressões e ultimatos ao governo de Lisboa.
Autorizada ou não, generaliza-se a confraternização entre milhares de militares portugueses e guerrilheiros. Há unidades que procuram chegar à fala com os ex-inimigos para lhes entregarem as chaves do quartel. A Frelimo aproveita o ambiente de euforia para reforçar a sua posição negocial. Toma sem um tiro o quartel de Omar-Namatil, no extremo norte de Moçambique, e captura a guarnição.
Em Angola e Moçambique há forças brancas e negras que tentam opor-se ao que consideram a entrega do poder a movimentos comunistas.
Quando em Lusaca se ultimam as negociações finais para a independência irrompe em Lourenço Marques uma revolta de colonos brancos, apoiados por adversários da Frelimo. È o famoso 7 de Setembro, apresentado através de muitas imagens inéditas, descrito e analisado neste episódio por protagonistas dos dois lados da barricada.