A ÚLTIMA VITÓRIA por Rui Alves

A encantadora Rosa, é uma das personalidades mais populares do desporto no século XX, juntamente com Eusébio, Carlos Lopes e Luís Figo.

No Brasil, também tem grande popularidade, já que é a atleta com maior número de vitórias na mais afamada corrida de rua do país, a São Silvestre, disputada nas ruas de São Paulo no último dia do ano. Em 1981, Rosa inicia a primeira das seis vitórias consecutivas!

Entre 1982 e 1994, participa em 22 maratonas e corta a meta em primeiro lugar em 14 dessas corridas.

O primeiro título europeu, em Atenas, foi o prelúdio de oito anos de sucessivas vitórias: nos Campeonatos da Europa de 1982, 1986 e 1990, nos Campeonatos do Mundo de 1997 e nos Jogos Olímpicos de 1988.

A mais difícil vitória de Rosa Mota em grandes competições foi a do Europeu de Split, em 1990, frente à Valentina Yegorova. No entanto, o desgaste provocado por tantas provas faz com que a atleta portuguesa aos 32 anos, entre na fase descendente da sua excecional carreira. Embora no ano seguinte a Campeã Olímpica tivesse desmentido com uma categórica vitória nas ruas da capital inglesa.

A 21 de Abril, Rosa está em Londres para tentar conquistar o troféu que falta no seu brilhante palmarés, a Taça do Mundo.

Favorita, vai para o comando da corrida desde do início, controla as suas adversárias mais fortes como são a alemã Doerre e a soviética Yegorova. Quando estavam percorridos pouco mais de 20 quilómetros, lança o ataque decisivo.

A maratonista da Foz do Douro, conquista a vitória que lhe faltava, ao correr os 42 quilómetros e 200 metros em 2.26.14, estabelece a segunda melhor marca mundial do ano.

A Maratona de Londres proporciona-lhe a última das vitórias em grandes maratonas: Roterdão, Chicago, Tóquio, Boston, Osaca, Londres, só faltou a de Nova Iorque, onde nunca correu.